20 de agosto de 2010
"Amor em cada ponto"
Estive selecionando fotos relevantes para publicar e encontrei uma que ilustra o gesto carinhoso que acompanha pessoas que se cuidam mutuamente. Lãs e agulhas permeiam esta cumplicidade. O tricô que nela aparece é todo feito de carinho e cuidado. Tricotamos para aqueles que amamos. Tricotamos para nossos filhos e netos. Que valor tem uma roupa que qualquer um pode adquirir por um punhado de notas? O suéter que produzimos com "muito amor em cada ponto" (como diria a avó do Bob Esponja) tem um valor agregado tão alto que moeda alguma pode alcançar seu preço. Não se trata de um produto destinado a alguém sem rosto, mas de algo que produzimos para alguém cujo nome nos diz respeito.
Acredito nisso. E acredito tanto que adoraria produzir uma cota de malha para proteger os que me são caros. Como essa que está aí. Na minha fantasia, o metal se dobra e se enlaça sob o comando das agulhas. Ele se amolda, gentil, aos contornos da carne. É como se Aracne tecesse com os fios secretados por um bicho da seda alimentado por Hefaistos em suas forjas vulcânicas. Coisa mais fantástica que a mortalha de Laertes.
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2 comentários:
Olá Ludmila.
Fiquei com saudades do tempo em que a minha mãe fazia tricot para nós. Tem toda a razão, os fios de lã entrelaçam-se com carinho, tornando essas coisas especiais.
Gi,
Obrigada pela visita. Café e bolos deveriam atravessar o oceano na mesma velocidade com que capturei sua mensagem.
Ludmila
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