23 de maio de 2012

Cortina de Facas


Era para ser têxtil e para ser preto o mais era livre. Minha janela eu pretendia mais ameaçadora do que engraçada, mas ela não quis assim... A criatura ganhou o mundo e as coisas que eu pensei para ela perderam a função.  Pensei em Norman Bates e naquele cineasta que gostava de janelas. Uma coreografia de Pina Bausch forneceu a urgência da expressão.
Antes de posar nas paredes do Museu A Casa, a janela veio de uma caçamba carregada de entulho e as facas foram perfuradas com prego aquecido no fogão. Crochê e tricô básicos fizeram o resto.

2 comentários:

Joana disse...

Oi Ludmila, sempre impactante. Posso postar algumas das tuas obras no Pinterest com link para teu blog?
Bjs
Joana

Ludmila Ciuffi disse...

Olá, Joana! Não sei o que é Pinterest... Essa internet às vezes é muito abusiva. Sei lá se não vão associar uns cogumelos mutantes ao meu nome assim de graça... E se acharem que eu sou uma inteligência artificial desprovida de coração?