Capelas bordadas, exposição montada, vernissage realizada, partilha feita. Ufa! Agora posso brincar de fazer outra coisa...
Não é que essa foto me tomou de assalto? Toda a poesia que havia pensado para nossas capelas tão graciosas virou pó diante da realidade do carro estacionado. Não que nossas capelas não merecessem um olhar mais carinhoso ou que os carros estivessem fazendo algo errado. Não. Nada disso. Eu é que não consigo processar junto a poesia que eu queria para as capelas e a necessidade de estacionar o carro para apreciar a vitrine. O Rosa dizia que "quem mói no ásp'ro não fantaseia". Mais ou menos assim. Achei tanta graça nesse duelo entre a fantasia e a realidade que não pude deixar de comentar...
“São belas.
Elas, as capelas.
E somos nós a bordá-las, devotos de toda fé.
Quando estamos em silêncio, no
lento picar das agulhas, quase podemos medir a intensidade do sinal com que buscamos compreender a nós próprios e aos outros. Divagação. Circunlóquio. Quase uma oração.
Ponto após ponto, a intenção que
nos anima ganha contornos coloridos e a linha aborda capelas outrora pedra e
pó. Transferidas para o linho – mortalha, mas também envoltório para o pão –
nossas capelas perfazem o caminho de nossas memórias íntimas.”
Não é mesmo verdade que qualquer firula poética se dissolve frente a realidade do dia a dia? Bordamos capelas, mas também estacionamos nossos carros.
4 comentários:
São lindas e poéticas, apesar dos carros. Os olhos que vêm com poesia conseguem separar. Fico feliz que tenha voltado, fez falta por aqui, e espero que entre no Pinterest e pine lá teu Exercício textil nr 5. Sem dúvida é um dos trabalhos que mais me impressionou entre tudo que já vi. Bj
Joana, estive tão brigada com o computador que deixei meu blog quase morrer de fome e de sede. Obrigada pelas palavras encorajadoras, mas preciso confessar minha ignorância: não sei nada sobre o Pinterest. Abri o link que você enviou e vi trabalhos maravilhosos, mas absolutamente não sei fazer nada mais do que isto. Preciso abrir uma conta e publicar coisas? Ainda não entendi a lógica da "coisa"... Beijos
poesia, pura poesia...
Oi Lu.
Sou o ks nei dos corsários efêmeros.
Obrigado por visitar meu abandonado blog.
Há muito não escrevo lá.
Algumas publicações boto no Facebook, claro que perde o gostinho de blog, mas me parece mais prático.
Estou no meio da pré produção do meu livro.
Eu acho que nesse semestre, sai.
Por lá sou ks nei mesmo.
Besos!
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